sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Foi.




Antes que as fofocas começem a aparecer eu prefiro dizer tudo.

Sim, acabou. 

Foi um relacionamento de um ano que passou voando e como todo relacionamento, com altos e baixos. Alguns momentos eu preferia deletar de minha vida. Mas não posso, eles existiram. Por outro lado, tiveram outros momentos... nossa.. que momentos. Alguns compartilhados com pessoas que amo e outros, muitos outros igualmente deliciosos e exclusivamente nosso, meu e dele. Vários desses momentos foram registrados em fotografias, mas alguns vão ficar apenas na lembrança.

Mas a vida é assim, né? Com a mesma velocidade que chegou, foi embora. E agora um ciclo de fecha. O mais importante que eu queria dizer que eu já estou encantada por outro. Um outro que me oferece possibilidades, mas que também me encanta pelo mistério. Ele me promete mil coisas, mas vou com calma pra fazer com que tudo seja muito bom.

2010... foi ótimo enquanto durou.
2011... vem, cara!  Vem que tô louca pra viver intensamente contigo!!!

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Indignação

"Ah, 'alejada' do sangue 'misera'. Só pra atrapalhar o serviço."

Forte isso, não? Feia essa frase, né? Palavras desprezíveis, concorda? Foi exatamente o que ouvi hoje no ônibus vindo pra casa. As palavras saíram da boca do motorista que se achou no direito de culpar uma cadeirante porque o "elevador", aquele que faz com que o deficiente entre no ônibus, quebrou depois de ela ter usado. Não sei você, mas eu acredito no poder das palavras. A que coloquei entre aspas lá na primeira frase, por exemplo, não gosto nem de pronunciar, não gosto quando ouço. Acho uma palavra pesada negativa. Imagine ela ser proferida para uma pessoa que não tem nada com isso, culpa nenhuma, que não pediu pra nascer com uma paralisia... Uma moça que não tinha mais que dezoito anos, com toda certeza, e que só estava querendo ter o direito de ir e vir como bem entender  e como qualquer pessoa que ande sobre suas próprias pernas faz.  Ele falou isso depois que a menina saiu do ônibus, mas não torna a ação menos imbecil.

Se não existe acessibilidade, ela tem que ser criada. Se existe é pra ser usada. Quer dizer então que um ônibus adaptado não pode ser usado por um cadeirante porque "atrapalha o serviço"? Sim, eu sei que nem todos motoristas e cobradores agem desse jeito estupido, mas esse foi um caso que presenciei. Sei lá por quantas situações como esta os deficientes passam.... Fiquei quinze dias sem poder andar este ano. Lesionei o ligamento do tornozelo esquerdo. Pra me locomover, só com muletas e digo pra vocês: passei acho que dos quinze, doze dias sem sair de casa porque era muito ruim andar pelas ruas de muleta. As calçadas quebradas ou desniveladas, batentes altos, uma complicação. E olhe que no meu caso era passageiro, mas imagina quem está preso a uma cadeira de rodas pra  vida toda as dificuldades que enfrentam todos os dias?

Essa  é terceira vez que pego um desses ônibus adaptados. No de hoje, um outro cobrador que estava lá foi quem manuseou o equipamento e com eficiência, mas nos outros dois casos foi preciso esperar cerca de dez minutos para que o cobrador conseguisse controlar tudo e colocar o cadeirante no ônibus. Uma situação constrangedora porque era pra ele saber mexer, os outros passageiros começaram a ficar impacientes e o deficiente tendo que passar por todo o constrangimento de olhares e piadinhas. As empresas precisam treinar melhor seus funcionários para todo tipo de situação. Tratar bem as pessoas não é um favor não. É uma obrigação de todos nós. Você gosta de ser destratado? É o bom "não faça com os outros o que você não gostaria que fizessem com você".

Pra completar a frase "primorosa" do motorista o cobrador ainda solta: "se mais algum pedir parada é pra dizer que a máquina quebrou".
Tenha cuidado com o que fala, seu motorista. Você não  sabe o dia de amanhã.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Calendário

O meu mundo é um eterno carnaval. Vivo de fantasias.
E em meio ao movimento paro e penso, eu minto.
O pior? Pra mim mesma.
Seria melhor ir pro mundo, ver o mundo, até um sub, talvez.
E então volta a sensatez e se vai meu devaneio.
Então tranco a porta e, de frente pra o espelho,
visto a fantasia de novo.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Tenho tempo

Tenho tempo e não tenho pressa...Isso até dobrar a esquina
Basta dormir e já acordo com todo o desespero de quem quer muito algo importante
Tenho tempo e ideias. Talvez falte um pouco de iniciativa, às vezes...
Virginiano é uma raça esquisita, né?
Se algo não está de acordo, todo o resto também não está
Tenho tempo e desejos.
Vontades temosas que dão e não passam
que ficam martelando ritimadas e me deixam descompassada
Tenho tempo e sonhos
Um deles é dizer que não falta mais nada e que tenho tempo.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Memórias

              Já imaginou, um certo dia, abrir o olho e perceber que sua mente está vazia, que você não lembra mais de nada? Dá angústia só de pensar. Imagina não lembrar daquele dia que você estava na janela, fazendo uma graça com uma amiga e quando menos espera a "graça" bate à sua porta... Imagina esquecer que depois de horas de conversa você ouve "E são verdes?" e daí começam a surgir músicas e referências aos "olhos de mata atlântica".
          Já pensou não lembrar mais da sensação gostosa de achar bom um dia de chuva, não lembrar da sensação de o mundo parar junto com sua respiração e seu coração quando você recebeu uma mensagem no celular que dizia "Não sei se ainda é você".
        Não quero nem pensar em como seria ter apagado da mente aqueles minutos embaraçosos que antecederam o banho de mar à noite, as garrafas de vinho e as gargalhadas de amigos ligados por algo que nunca saberemos explicar.
        E aquela cena de cinema da qual só se escapou por pura sorte, que ainda gera calafrio só de lembrar e que você tem vontade de um dia contar para os filhos? Nossa, dói só de pensar que ela um dia não esteja mais na memória.  Imagina esquecer as músicas, os silêncios, as risadas, os pensamentos que não precisavam ser completados para serem compreendidos, os textos que se completavam, as palavras rebuscadas e difícies na escrita que significavam o que há de mais simples, a certeza do carinho mesmo com a distância e o tempo fazendo questão de mostrar que existem. Pensando bem, é melhor não imaginar nada disso.

PS.: Tudo isso porque eu ouvi uma música.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Referência


           Fazer um bom texto pra ela é até um pouco de ousadia, por isso eu nem vou tentar. Logo pra ela, dona de alguns dos melhores que já "editei" (sim, porque com texto dela a gente nunca tinha muito trabalho - a não ser ela 5.693 falas que ela chamava em uma reportagem de um minuto e meio), que inspira quem chega, que encanta quem assiste com palavrinhas que parecem pinturas.

          Foram dez anos num lugar em que geralmente se passa mais tempo do que na própria casa. Mas chega uma hora que é preciso fazer escolhas. E isso me fez pensar. Todos os dias são os mais impotantes de nossas vidas, todos os dias precisamos fazer pequenas escolhas que ,sim, influenciam no que vamos fazer na hora, no dia seguinte. E tem um dia que chega a hora de fazer um escolha que vai mudar a vida. Mas quer saber? Que bom que esses dias existem porque nos faz perceber que somos capazes de enfrentar desafios. Dani vai começar mais um e tenho certeza que vai ser trilhado com muito talento, que, por sinal, ela tem de sobra!  

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Só meu


O mundo a minha frente é uma grande fotografia.
Tudo se move em imagens estáticas,
congeladas para sempre ao meu modo,
como minha retina escolheu.
O mundo ao meu redor é música.
Sons que começam em qualquer caminho
 e que já pode ser diferente ao
fazer a curva.
O meu mundo é um filme.
Clichês e planos antiquados que vivo
 e vendo como se tivesse descoberto a luz.
O meu mundo é uma dança.
Balanços e rítmos que pulsam aleatórios
e que seguem o instinto de olhos fechados.
O meu mundo é uma paleta de pintura
com cores vivas e vibrantes como o preto.
É o som do silêncio, é o movimento do sono,
é o barulho do que se vê, é ver a cor na transparência.
Meu mundo é a minha obra de arte e eu faço parte dele.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Ver além


         Quatro pessoas no carro e ela foi a primeira que ví. Blusinha rosa, carinha de criança, criança marcada pelo tempo. Lenço na cabeça, cabeça sabe Deus onde. Olhar distante e perto dela pessoas com semblante pesado. Talvez eles quisessem que ela estivesse onde estava o olhar.
          Eles saiam de uma clínica psiquiátrica. Será que foram buscá-la? Será que os semblantes eram por ela estar por perto? Tem gente que parece não lembrar que um dia também vai envelhecer.

domingo, 8 de agosto de 2010

Datas

Eu tinha vinte anos - nem faz tanto tempo assim - e treze de mágoas guardadas. Por mais que todos saibamos que um dia a hora chega ,a gente nunca espera que seja tão cedo. A gente sempre acha que vai ter tempo e as coisas vão mudar. Não mudaram e eu não tive tempo. Não tive tempo de dizer o que eu queria, de perceber que talbez para ele também fosse difícil, de tentar ver o lado dele também. Não percebi. E agora sei lá quantos outros vinte anos vou passar carregando essas lembranças em datas assim. Dia dos Pais, aniversário. Algumas datas ainda são muito dolorosas mas eu aprendi com elas.

Um horizonte qualquer


            Às vezes olho ao redor e vejo como tanta gente com a mesma idade que eu já fez tanta coisa, já conheceu tantos lugares, coisas que eu também queria ter feito e não fiz. Os perfis são diferentes, as oportunidades também. Claro que eu olho ao redor e vejo o quanto conquistei também. Coisas que muita gente, da minha idade, queria e não conseguiu ainda. É o tal “cada coisa no seu tempo”. Não sei se espero muito o meu acontecer, se preciso fazer a hora com mais intensidade. Pedir demissão do emprego, pegar a mochila e cair pelo mundo? Não tenho perfil aventureiro. Como diria Wally Salomão “tenho os pés no chão porque sou de virgem, mas a cabeça, gosto que avoe.” Será que é por isso? Virginiana, elemento terra... Ou não é tão simples assim?

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Amo


Titititititiaaaa ama muito.

PS.: não sei como virar o vídeo.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Surreal



de 2003


" O que é isso que tu tá comendo? Ovo é? (no prato tinha sushi).  Me arruma três reais para eu comprar um refrigerante. É que eu tô esperando o juíz sair de greve pra me defender aí eu não queria ficar sem fazer nada aí vou pra o cinema.  Eu queria que você me ajudasse pra eu comer."  Eu olhei pra minha irmã, ela pra mim e caímos na risada! Se não estivéssemos juntas e ela me contasse isso eu ia dizer que era "doidiça" dela.

sábado, 17 de julho de 2010

Mais sobre jornalistas

Minha turma de jornalismo na aula da saudade (2006)


Provérbios jornalísticos

Diga-me com quem andas que eu publicarei na revista de fofocas.

Depois da tempestade, vem a matéria de enchente.

Em terra de pessoa jurídica, quem tem carteira assinada é rei.

Quem nada deve com certeza não é jornalista.

De follow-up em follow-up o assessor de imprensa enche o saco

Aqui se faz frila, aqui não se paga.

Atrás de um grande repórter de TV, há sempre um grande produtor.

Quem indica amigo é.

A pressa é inimiga da boa apuração.

Não há folga que sempre dure, nem plantão que nunca se acabe.

Mais vale um frila na mão do que cem vagas de correspondente internacional voando.

Não adianta chorar sobre o furo tomado.

Em redação que tem estagiário bonitinho, jornalista cultural caminha de costas.

Quem tem boca vai à coletiva de imprensa filar um rango.

Devagar se perde o deadline.

Obs.: Texto recebido por e-mail

domingo, 11 de julho de 2010

Até quando?



                No caminho de casa eu ví flores. Algumas coroas. Pessoas em volta de alguém que, naquele momento, era só matéria. Cena que vai estar sempre acontecendo em algum canto e que volta e meia volta à minha cabeça. Meus olhos reagiram instantaneamente e me perguntei: até quando? Até quando vai doer tanto? Até quando essa lembrança vai virar líquido salgado que sai de mim com força e vontade própria?
                Por isso que não gosto de velórios. Fui a três em minha vida: um do irmão de Osias, do meu pai - não tinha como não ir e o do meu avô, que na verdade não fui ao... o velório foi em minha casa, casa na qual ele começou a formar a vida quando saiu do sítio, na minha sala, a mesma em que o ví morrer.
               Minha casa não será mais a mesma, minha sala de tantas lembranças boas agora tem cara de dor, essa palavrinha pequena mas que esmaga, estraçalha e fere como o pior dos carrascos brutamontes. E eu pergunto a você, tão poderosa dor: quando é que você vai cansar e vai embora? Até quando vai ser assim?

terça-feira, 29 de junho de 2010

        Nem fui lá pra comprar nada pra mim. Prometi isso, era só o presente e pronto. Mas aí, fiquei olhando, fazendo hora e a capa me chamou atenção. As "casinhas", a neve e aquelas cercas de arame farpado inconfundíveis em tons sépia e P&B...  Imagens sob a frase "Os belos dias de minha juventude" escrita em cor de rosa com letrinha bem desenhada de menina. Era o mais sutil dos contrastes e um convite que não resisti.
       Era só a primeira página do prefácio (lá embaixo dizia página número 9. Eu sou cismada com o 9. Já falei isso? Se não, depois eu conto...). Era só o começo e já me prendeu, já me encantou de forma surpreedente. Não gosto de riscar meus livros, mas eu queria deixar aquelas palavras em evidência, queria não esquecer mais e ter a memória boa o suficiente pra em uma conversa dizer "como diria Ana Novac"...
       Era só a primeira página e ela me fez sentir vontade de escrever várias. Não pra me comparar a ela, claro, mas só pra registrar meus pensamentos. Detesto ter que levantar da cama pra fazer qualquer coisa quando estou em minhas sessões de leitura "pra depois ir dormir". Mas as palavras dela, as primeiras, não me deixaram ficar quieta e fui obrigada a pegar papel e caneta pra registrar as minhas. Aí viro a página e o que é que ela diz?? "No entanto, mais importante parece-me o fato de não conseguir dormir enquanto não tivesse capturado em palavras todas as ideias que me inquietavam durante o dia". Rí sozinha. Eu poderia ter escrito aquilo...
         Foi uma "brainstorm" numa noite de chuva, lendo sobre um lugar que me encanta por mais estranho que possa parecer dizer isso. Eu fico querendo saber sempre mais quando ouço a palavra Auschwitz. Acho que essa leitura ainda vai me render muitas palavras...

sábado, 5 de junho de 2010

Faça o seu

Alí nem era a fonte dos desejos Mas eram tantos! E se eu jogar uma moeda também? Posso quebrar meu porquinho aqui dentro?
Independente dos centavos
Desejar de verdade já deve valer muito.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

É assim e pronto.

Meu cunhado uma vez me falou que passou a gostar mais da Paraíba depois que conheceu minha irmã e eu. Depois que viu o amor que temos por nossa terra. Ele quis saber por que tanto sentimento assim. Eu não soube dizer. Não lembro de ninguém me me ensinando a amar Pernambuco e o que é dele. Parece que isso está no velho clichê: no sangue. Queria ter visto todo o show de Antônio Nóbrega no Fenart, não deu. (Trabalhar à noite tem dessas coisas...) Quando cheguei ao Espaço Cultural ele cantou um pout-pourri de ciranda, Vassourinhas e foi embora. Pronto. Pode parecer bobagem pra alguns mas foi o suficiente para meu coração pernambucano dormir feliz. Ah... E sabe a parte que falei que não me lembro de ninguém me ensinando a gostar de Pernambuco? Bom, se depender de mim vou ensinar essa paraibaninha aí da foto!!! Já começei!!

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Talvez...

"Talvez não ser, é ser sem que tu sejas, sem que vás cortando o meio dia com uma flor azul, sem que caminhes mais tarde pela névoa e pelos tijolos, sem essa luz que levas na mão que, talvez, outros não verão dourada, que talvez ninguém soube que crescia como a origem vermelha da rosa, sem que sejas, enfim, sem que viesses brusca, incitante conhecer a minha vida, rajada de roseira,trigo do vento, E desde então, sou porque tu és.." (Neruda)

quarta-feira, 19 de maio de 2010

No meio do caminho

Ela estava no meio do caminho. (Alguém já tinha avisado que havia uma...) "Uma pedra com cara de triste" O rapaz falou alegre Fiquei pensando por quantas "pedras" tristes passamos todos os dias e não nos damos conta. A gente, muitas vezes, não se importa ou nem vê. Será que as outras pessoas percebem? Talvez não. Mas o rapaz percebeu. E ele ainda vai encontrar muitas pedras no caminho mas vai saber ver de uma outra forma. Quem sabe, leve? PS.: Aí está, Jocélio!

sábado, 15 de maio de 2010

De volta pra o futuro

E lá estavamos nós... Em um tempo que não era o nosso e nos perguntando como seria viver nele Os acordes nos levaram longe, muito tempo atrás. E entre a alegria daquela música que trás uma lembrança boa O tempo ia passando e, numa ordem cronológica, derramamos nossas vidas Alí, entre um tamburilar de dedos na mesa pessoas da mesa vizinha cantando alto e sons O amanhecer ainda nos traria novas batalhas Mas quem se importa? Já foram tantas à nossa porta e demos conta... Quando o tempo passar, mais lá na frente, a gente conta como foi.

terça-feira, 11 de maio de 2010

É ela...

Embriagada de Coca-Cola e música mergulhei nas minhas lembranças. E como foi bom. Um looping de imagens que não se repetiam. Sensações e alegria. Meu coração imitava meus lábios e também ria. Na minha frente duas meninas, luz apagada e música. Ambas berrando a versão que acabaram de fazer sob a luz azulada de uma luminária pequena. Alí não se davam conta, só cantavam, aproveitavam, eram felizes. Mais feliz ainda eu sou agora por perceber a importância disso tudo. Por perceber que eu não seria o que sou se não fosse ela. O que é que eu ia contar para os meus filhos? Tantas histórias, tantos momentos. Os ruins apertam meu peito e meus olhos não escondem, derramam Mas será que se eles não tivessem existido hoje seriamos assim? Gente, o que seria de mim sem ela? Vai ser sempre a minha pequena, a branquela E para sempre aquela que eu quero sempre ter por perto De braços abertos e sorriso escancarado, é ela Aquela que sabe meu estado de espírito pelo meu "alô" Que sorrí quando me vê e aperta forte minha mão quando não pode me abraçar. É com ela que eu dou as melhores gargalhadas das maiores bobagens, É ela quem eu quero ter sempre perto, dividir tudo que acontecer em minha vida. Fomos criadas da mesma forma mas somos completamente diferentes E acho que é isso que nos une: a gente se completa. Mais que irmãs...eu acredito em alma gêmea... Amo tu, Gi.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Palavras emprestadas

"Talvez um voltasse, talvez o outro fosse. Talvez um viajasse, talvez outro fugisse. Talvez trocassem cartas, telefonemas noturnos, dominicais, cristais e contas por sedex (...) talvez ficassem curados, ao mesmo tempo ou não. Talvez algum partisse, outro ficasse. Talvez um perdesse peso, o outro ficasse cego. Talvez não se vissem nunca mais, com olhos daqui pelo menos, talvez enlouquecessem de amor e mudassem um para a cidade do outro, ou viajassem junto para Paris (...) talvez um se matasse, o outro negativasse. Seqüestrados por um OVNI, mortos por bala perdida, quem sabe. Talvez tudo, talvez nada." Caio Fernando Abreu

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Passagem



Motorista, esse ônibus passa na cidade de Alhandra?

Eita...

Hoje eu não pago mais passagem na cidade de Alhandra

Tô chegando agora no Bairro das Indústrias

Ando de pé, de cavalo, de Chevet, chego em qualquer lugar

E hoje eu não pago mais passagem

Nem Oitizeiro, nem Mamanguape eu não pago mais passagem

Bayeux, Santa Rita, Colinas do Sul

Tô indo pra cidade de Alhandra

Em Pasto Novo na cidade de Marí

E hoje eu não pago mais passagem

Vou dar um beijo na minha esposa

A passagem é R$ 1.80 e eu não pago.

 
PS.:  Essas palavras são de um cara que entrou no mesmo ônibus que eu. Não deu pra passar despercebido.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Viagem

Acabo de fazer um a viagem... Viva e em cores, embalada nos sons das lembranças. É... nem peguei a estrada Mas a luz que se faz forma e dá o tom também deu o rumo. Caminho que eu sei de cor e me leva pra de onde não quero sair. Lembra daquele ninho? Aquela conversa, aquele escurinho Onde a única luz era a do brilho dos meus olhos enquanto você falava Uma luz que molhava e que você nem percebia. Sim, era alegria. Essa que sinto todo dia quando a alma viaja. Fui logo alí, tão perto... ... Acho que vou voltar pra lá...

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Das páginas amareladas...

Não sei por onde começar... Sugere-se que pelo começo, mas que começo se não é de agora que as coisas se apresentam como estão? É uma sensação estranha de andar com a bússola quebrada. É chegada a hora de exorcizar os anjos! As palavras, às vezes, nos pegam pela palavra e nos fazem ficar mudos, sem saber o que falar por ter falado sem saber, sem pensar. A ânsia por encontrar o que não se está procurando nos tira o rumo que já está perdido... ou nem se tem mais. Mandar o quê, pra onde, fazer o quê, pra quê? Eu não sei...Mesmo... Mas ainda bem que nem tudo é bagunça no caos. Já foi pior... O delicado é que agora surgem os questionamentos que não sei responder... Na verdade, nãos sei se quero... ( e parou aí...) PS.: Esse texto encontrei em um velho caderno já de folhas amareladas. Não sei de quando é...

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Igual canja de galinha...

...Vai gente! Um pouco de bobagem não faz mal a ninguém! Ainda mais num dia que é feriado e pra você foi um dia normal de trabalho. Mas vejamos alguns lados bons de casar com um jornalista... (meninas e meninos, o texto serve para todos... tá tudo com "ele" mas se você for menino, adapte... ou não...) ps.: texto não é meu. Uma amiga mandou por e-mail. * Jornalista geralmente é criativo, ele vai surpreender você quando menos esperar; * São curiosos e antenados, você sempre ficará por dentro de tudo que acontece; * Eles não ganham bem, mas isso é bom porque vocês podem aprender a economizar dinheiro; * No Natal, Ano Novo, Carnaval… eles provavelmente estarão na redação. Mas, pense pelo lado positivo: antes trabalhando do que vagabundando; * E outra! Trabalhando muito, eles não têm tempo de se interessar por outra pessoa; * Eles não são bons de matemática, mal sabem somar e subtrair; mas, para que saber isso se são os mestres da escrita?; * Acostumados com pautas, são bem organizados e planejam bem as coisas antes de fazê-las; * Como é fissurado por fontes, quando você tiver uma ótima ideia, ele não vai dizer aos amigos que foi coisa da cabeça dele. Dará todas as honras para você!; * Como vivem numa rotina corrida, não tem muito tempo para opinar nas coisas da casa. O que você fizer, ele vai achar lindo; * Tudo é um grande brainstorm (tempestade de ideias). Monotonia não vai entrar na sua casa!; * Quando vocês brigarem, ele não vai achar que a opinião dele é a melhor. Tem que ouvir todos os lados de um fato, ele saberá analisar a situação!; * Idolatram pessoas totalmente desconhecidas (o seu Zé, a Dona Maria, o Juquinha…) Todos com ótimas histórias de vida que vocês podem usar no cotidiano também para se tornarem pessoas melhores!; * Tudo para o jornalista tem uma explicação. Eles nunca vão se contentar com a primeira versão de um fato. Você sempre terá uma resposta, mesmo que demore; * São ótimos investigadores. Se alguém no trabalho passar a perna em você, rapidinho ele descobre quem é!; * Como trabalham muito, não tem tempo para beber demais, fumar, se envolver com drogas… Você terá um companheiro saudável!; * Tá bom, vai… eles não costumam comer coisas muito saudáveis. Mas se você for legal e fizer comida para ele levar ao trabalho, isso se resolve rapidinho, não é? =); * Suas viagens nunca serão monótonas! Se acontecer qualquer movimento estranho, ele vai logo querer saber o que é e infiltrará você junto para desvendar o problema; *Amam roupas leves e simples no dia a dia. Você não vai gastar muito dinheiro com isso; * Mas também sabem se arrumar bonitinhos para os eventos. Você terá um parceiro que sabe ser simples, mas também sabe arrasar. Tudo vai depender da ocasião; * A agenda é o seu melhor amigo. Mas, não fique com ciúmes! Pense pelo lado positivo, nunca vai esquecer nenhuma data importante, porque tudo fica rigorosamente descrito lá; * Eles não ficam irritados com “nãos”, afinal, estão acostumados com assessorias de imprensa que não querem divulgar os bafões. Você não terá um companheiro irritado, mas, em compensação ele não vai desistir até conseguir o que quer. Mas só de não se grosso já vale, não é!?; * Acham que podem salvar o mundo com uma matéria. Olha que sensibilidade!; * Eles sempre sabem tudo todo o tempo; * Gostam de música para acalmar; * Leem livros raros, histórias para crianças e semiótica… Seus filhos serão super dotados se depender dele; * Sua vida social é infinitamente grande. Você nunca poderá reclamar que não conhece gente nova; * Eles estão acostumados com coisas chatas e sabem contorná-las muito bem. O casamento nunca vai virar algo monótono; * Eles gostam de camisas com estampas de alguma brincadeira sobre algo atual. Suas amigas vão ficar com inveja do seu companheiro inteligente; * Eles sempre têm uma opinião sobre qualquer coisa na face da Terra. Durante uma conversa entre amigos, vocês nunca ficarão apagados; * A maioria gosta de virar psicólogo, técnico de futebol e médico às vezes. Você terá um companheiro mil e uma utilidades; * Por causa da profissão, são forçados a aprender mais de um idioma. Você vai ouvir “Eu te amo” em, pelo menos, umas três línguas diferentes; * A primeira coisa que seu filho vai aprender é que a informação é a alma do negócio. Com dois anos, sua fofurinha vai saber o que é aquecimento global, mercado financeiro e já saberá criticar políticos; * Gostam de mudar de cidade, estado e até de país. Você conhecerá muitos lugares!; * Assistem documentários e vão a museus o tempo todo, não importa o que seja. Ô cultura Viu?! Olha que legal ser jornalista!!!

sábado, 17 de abril de 2010

Uma e a mesma

Acho que meu signo está errado. Nasci em agosto mas acho que sou geminiana. Não é possível que uma só alma habite este ser! Sim, tenho duas de mim em mim.. Ou mais até. E como eu queria que elas se entendessem. Uma quer sair, a outra tá com preguiça de se arrumar. Uma só pensa em chocolate e leite condensado a outra fica lembrando do espelho. Uma pensa pra qual shopping vai, a outra pega o caderninho e a calculadora. Uma quer vestidinho e saltão, a outra vestidão e rasteirinha. Uma quer dormir, a outra sempre quer ficar um pouco mais. Uma tem certeza do que quer, a outra acha que é preciso pensar mais um pouco. Uma sorrí querendo esganar alguém, a outra arruma calma não-se-sabe-onde. Mas num ponto as duas concordam: elas tem várias outras dentro de sí!! Pensando bem... eu sou mulher. Isso explica muito.

sábado, 10 de abril de 2010

Sábado

Sábado de chuva e lembranças Igual a outros que passaram Igual a outros que virão Mas nenhum igual ao outro Sábados de chuva pedem vinho É quando os pensamentos vem Doces... sim, os pensamentos e o vinho Por que não? Hoje, véspera de um dia especial e marcante não estou só... Fico com meu novo amigo que me diz: "... Mas só muito mais tarde, como um estranho flash-back premonitório, no meio duma noite de possessões incompreensíveis, procurando sem achar uma peça de Charlie Parker pela casa repleta de feitiços ineficientes, recomporia passo a passo aquela véspera de São João em que tinha sido permitido tê-lo inteiramente entre um blues amargo e um poema de vanguarda. Ou um doce blues iluminado e um soneto antigo. De qualquer forma, poderia tê-lo amado muito. E amar muito, quando é permitido, deveria modificar uma vida – reconheceu, compenetrado. Como uma ideologia, como uma geografia: palmilhar cada vez mais fundo todos os milímetros de outro corpo, e no território conquistado hastear uma bandeira. Como quando, olhando para baixo, a deusa se compadece e verte uma fugidia gota do néctar de sua ânfora sobre nossas cabeças. Mesmo que depois venha o tempo do sal, não do mel. ..." (Caio Fernando Abbreu)

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Do verbo querer...

Quero um outro emprego, mais dinheiro no banco, quero meu canto. Quero me desligar um pouco, quero risadas inesperadas Quero não me preocupar tanto. Quero ver o dia virar dia, quero goles sem fim Quero momentos leves, um grande amor só pra mim. Quero som, luz e silêncio, quero lembranças e desejos. Quero beijos, abraços e paz. Quero mais. Quero me alegrar com pouco, quero apenas o que me basta. Quero não ter que contar os dias, quero ser surpreendida Quero o que tiver de ser meu, quero o de melhor pra minha vida.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Antes de um suspiro

Calor, corpos molhados Suor escorre no rosto, no colo, no dorso Grudados, parecem um só Vidros embaçados, temperatura quente Cheiros e mil pensamentos Parece que o tempo não passa Acelera, para, acelera... Será que ainda existe mundo lá fora? Será que eu escapo dessa? Num longo suspiro você para e pensa: " Que merda ter que pegar um ônibus lotado num dia de chuva..."

terça-feira, 30 de março de 2010

Ontem

Sim... foi ontem que ela nasceu. Eu lembro bem. Um lindo amanhecer de um sábado de Aleluia E nós tinhamos muito com que nos alegrar Sim... foi ontem, eu lembro... Como esquecer? Sim... foi ontem... Mas daqui a pouco faz um ano. Amo muito.

sábado, 27 de março de 2010

E é de ti que não me esquecerei...

Setembro ou outubro. Não lembro bem. Mas o ano tenho certeza: era 1995. Noite. Sentada no chão do quarto, com um gravador de dois decks que ganhara de presente de aniversário, eu brincava de gravar músicas que passavam na rádio. Começa uma com uma longa introdução de violão e depois um homem contando uma história. Começava um pouco mais lenta, ficava mais pesada, voltava pra os violões, voltava a ficar pesada... Era longa... E eu gostei da historinha. "Deve ser Engenheiros", pensei. No outro dia conversando com meu amigo George falei pra ele da música. "É Legião, Gil". Teimosa como só eu, ainda disse que não era. Ele me emprestou uma fita K7 que tinha Legião de um lado e Engenheiros do outro. Foi aí que um tal Manfredini Jr. entrou em minha vida. Devorava todas as músicas. Sabia todas de trás pra frente. No auge dos meus doze, treze anos eu sentia toda aquela dor, angústia e sofrimento mesmo sem ter vivido nada ainda. Os anos que se seguiram foram regados a ela. A Legião estava sempre presente. Com George, Bela, Sarah... a música nos unia ainda mais. Histórias deliciosas embaladas pela banda: eu e minha irmã com a luz da sala apagada e uma luminária de luz azul cantando aos berros "Nossa Senhora do serrado, protetora dos pedetres..."; Nas aulas de português meu professor usava músicas para dar os exemplos... quando era de Legião ele começava a frase e pedia pra eu terminar... Menelau fez uma vez um exercício valendo pontos só com frases de músicas de Legião e a sala inteira, em protesto "não vale, Gilmara vai tirar 10 desse jeito, ela sabe tudo...". E quando saiu o Acústico então? Nossa! Ansiedade do mundo esperando que chegasse em Caruaru. Numa tarde de sábado, Menelau foi até minha casa, conversamos um pouco e quando ele tava indo embora disse "Gil, você esqueceu alguma coisa no porta luvas". "Como seu eu nem mexi aí?"... Abri.. era o CD... Sem contar as mil músicas que dedicava ao meu namorado na época. Ah... são muitas histórias... E "hoje à tarde foi um dia bom"... Aproveitando o aniversário de Renato Russo relembrei momentos maravilhosos de minha vida em que as palavras dele estiveram presente. Ele sabia falar o que a gente sentia, o que a gente queria. Um gênio. Conheci Renato Russo em 1995, no ano seguinte ele morreu, mas o que ele deixou me acompanha até hoje...A culpa de eu gostar tanto de música é dele!

segunda-feira, 22 de março de 2010

Entre uma coisa e outra

Entre papel e passado pequenos pedaços lembranças inteiras. Palavras, linhas, besteiras sensações e sentimentos guardados o que basta já está devidamente registrado o resto, o resto vai pra lixeira. Jogando fora o que passou, guardando com carinho o que vai ficar pra sempre.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Disseram... (2)

Mulher "impresível"... Isso quer dizer: Mulher dos Olhos de Mata, da Alma Livre Que Mata e Que Não se Pode Prender...

quinta-feira, 4 de março de 2010

Transcrição de pensamentos

* Onde é que começa o céu e temina o mar? É tudo azul! * Aqui de cima parece que tem muito espaço desocupado nesse mundo. O povo das favelas deveria formar novas cidades aqui, né?! * Por que daqui eu não consigo "achar" bichinhos nas nuvens como lá de baixo? * No céu também tem "vias". Pra ir é pelo "mar", pra voltar é por "terra". * Aquilo é uma ilha ou só um banco de corais? * Até que altura os pássaros voam? Será que tem perigo de algum entrar na turbina agora? * Queria saber onde eu tô. * Da próxima vez vou de TAM. * O que será que se come na classe "A"? * O ruim de ir perto da janela é quando dá vontade de ir ao banheiro... * Acho que tem uma hora em que a aeromoça pensa "puta merda. Lá vou eu ter que fazer aquela porra daquela demonstração de novo". * Será que eu engordei nessa viagem? * O cara aqui do lado com todo seu ar "blasê" deve tá pensando que eu sou louca. "O que será que ela tanto abre e fecha esse caderninho?" * Minha lingua continua doendo. Eu ainda aprendo a tomar chocolate quente sem me queimar!! * Será que essas anotações são uma forma de eu amenizar meu vício do twitter? É.. viciei sim.. e daí? * Agora tudo é céu pela janela. * Será que existe chance de a gente ver outro avião passando aqui do lado? * Tô parecendo o Marcelo Marmelo Martelo, né?! * Ué?! Por que agora tá mais silencioso? Será que o piloto tá pegando uma "banguela"? ****Ainda bem que isso é só um voo Rio - Recife... Imagina se fosse um internacional... Coisas do ócio...

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Hoje o dia passou vagarosamente rápido. Ainda bem que eu não fiz planos. E no pouco que fiz não fiz muito, mas me basta. Treinando a paciência, saboreando o ócio. É, tem um monte de coisa pra fazer sim... E quem se importa? Da porta pra cá ou pra lá... Besteira. No resgate da velha rotina, saborosas lembranças Amargas saudades. Ainda dói. O olho enche d'água que nem tempestade de verão: quando menos se espera. É o ventilador mas eu penso que é chuva. Ah se o vento levasse a dor e a água lavasse a alma! Agora, nada mais, só a calma. Tem cor, tem sabor, e tem nome. No pensamento, muita alegria, Mas ainda vai demorar um pouco... Quem sabe...

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Amém

Não tinha passado por aqui ainda este ano. Tava trabalhado quase- às vezes mais- dez horas pode dia. O expediente que me restava - a manhã - tinha que administrar o sono, a academia e os afazeres domésticos. Não é uma queixa. Estou fazendo o que adoro fazer. Mas o corpo e a mente não são de ferro... Mas recarregar as baterias é fácil. E uma das fontes é essa aí de cima. As pessoas que amo (claro que tá faltando muita gente aí mas essa é representativa). E é assim, como tudo que está representado nesta foto, que eu quero para meu ano de 2010: Mesmo na tristeza arrumar motivos pra seguir. Aprender sempre. Experimentar coisas novas. Não ter vergonha de parecer boba. Ser feliz. Luz e cores na medida certa e nos pequenos detalhes. Ter a inocência da criança e a experiência do adulto quando for preciso. E o principal: amor, muito amor. Um ótimo ano pra todos