Dias de alegria. Dias de muito trabalho. Dias de muita preguiça. Dias de liberdade. Dias de lágrimas. Dias de inquietação. Dias de esperança. Dias de vontades. Dias... Eu? De todos eles!!
sábado, 10 de abril de 2010
Sábado
Sábado de chuva e lembranças
Igual a outros que passaram
Igual a outros que virão
Mas nenhum igual ao outro
Sábados de chuva pedem vinho
É quando os pensamentos vem
Doces... sim, os pensamentos e o vinho
Por que não?
Hoje, véspera de um dia especial e marcante não estou só...
Fico com meu novo amigo que me diz:
"... Mas só muito mais tarde, como um estranho flash-back premonitório, no meio duma noite de possessões incompreensíveis, procurando sem achar uma peça de Charlie Parker pela casa repleta de feitiços ineficientes, recomporia passo a passo aquela véspera de São João em que tinha sido permitido tê-lo inteiramente entre um blues amargo e um poema de vanguarda. Ou um doce blues iluminado e um soneto antigo. De qualquer forma, poderia tê-lo amado muito. E amar muito, quando é permitido, deveria modificar uma vida – reconheceu, compenetrado. Como uma ideologia, como uma geografia: palmilhar cada vez mais fundo todos os milímetros de outro corpo, e no território conquistado hastear uma bandeira. Como quando, olhando para baixo, a deusa se compadece e verte uma fugidia gota do néctar de sua ânfora sobre nossas cabeças. Mesmo que depois venha o tempo do sal, não do mel. ..." (Caio Fernando Abbreu)
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Um comentário:
Sábados de chuva, vinho, doces e boa leitura podem ser incrivelmente deliciosos...
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