quinta-feira, 30 de julho de 2009

Guardado com carinho

"... não te vá por um minuto(...) porque nesse minuto terás ido tão longe que eu cruzarei toda a terra perguntando se voltarás ou se me deixarás morrendo." "não te quero senão porque te quero e de querer-te a não querer-te chego(...) nessa história só eu morro..." ...não se preocupa com o que digo ou o que sinto... Relevados os exageros acho que vale esse trecho Como viver sem sofrer um pouquinho? Tem lá sua serventia... Exercita nossa sensibilidade Estimula nossas emoções. Nos mostra que estamos vivos... Bobagens que quebram a frieza dos dias e alargam os corações... Acho que todos deveriam deixar as armaduras de lado e viajar um pouco nos devaneios dos poetas... (Algumas coisas serão sempre guardadas com muito carinho...)

sábado, 25 de julho de 2009

Cadê?

Eu queria escrever alguma coisa... Faz alguns minutos que estou aqui, sentada em frente a esse monitor vendo esse traçinho piscar e piscar... não gosto quando ele só pisca. Prefiro quando ele anda e deixa algo pelo caminho. Tem horas que ele parece maratonista e cooorre sem parar. Outras, vira poste. Tá, tá bom, nem tanto. Parece um... um... uma pessoa idosa caminhando devagarinho escorado na bengala. Às vezes crio textos inteiros em minha cabeça em segundos. E não é qualquer coisa não, textos bacanas que eu tenho que correr pra anotar pra não esquecer. Só que tem hora que... não sai nada... como agora...E olha que eu quero escrever, tô com vontade, sério mesmo! E não teve jeito. Fotos e mais fotos, músicas e mais músicas e nada. A inspiração vem sempre de onde e quando menos se espera . De algo que ví, ouví, falei - ou não falei - que me disseram - ou até que deixaram de me dizer... É ... só que algumas vezes você espera e ela, de pirraça, não vem... Vai entender...

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Deles pra mim

Uma palavra aqui, outra alí... Muitas vezes o que era pra ser uma conversa boba entre amigos se torna um belo texto. Já aconteceu muito isso comigo. Alguns dos meus textos surgiram durante uma conversa ou são feitos com pedaços delas. E ontem aconteceu mais uma vez... Mas o que eu lí é tão bonito que não precisa que nada mais seja acrescentado a ele: (Só pra situar: a conversa era sobre analógico e digital e termimou em mim.) "O que você quer saber? As coisas que nunca dou detalhes, não é??? Suas eternas palavras de alma livre... Teria um milhão delas... Vc pode converter os seus sinais pra qualquer tecnologia digital em qualquer banda ou padrão, mas vai continuar sendo alguém que no verdão lá do fundo dos olhos, prefere pisar em algo mais comum, como a areia, por exemplo... Isso é ser analógico... Ser analógico é não permitir o concreto quebrar o complexo do puro e do instintivo..." Siiim, meu amigo, eu sou analógica!!!! =) Lindo!!

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Histórias de criança

Conversando com uns colegas outro dia fiquei pensando: apesar de vários contratempos familiares que não estavam sob meu controle, eu soube aproveitar bem minha infância. E numa rápida avaliação: eu era danada, viu?! Perguntei a minha mãe e ela disse que eu nunca dei trabalho, mas já fiz muita arte, coisa de criança... (minha mãe é um amor!!!) Uma foi dessa foto aí! Essa linda franja fui eu mesma que cortei!! Olha o resultado!! Aí eu devia ter uns cinco anos. E foi mais ou menos por essa época, talvez um ano a mais, que aprontei mais uma das minhas muitas. Meu pai tinha chegado do banco pra almoçar, eu já tinha chegado do colégio, tinha almoçado, tomado banho, era a deixa pra começar a aprontar. Enquanto meu pai dormia, peguei na carteira dele o que hoje deve equivaler a cinco reais. Fui numa barraquinha perto de casa e comprei tudo de chiclete e um chocolate de laranja que eu adoro! Na volta pra casa, meu pai tinha acordado e veio a pergunta: "Gilmara, você mexeu na minha carteira?" "Não,painho, mexi não" (olhando pra o chão) "Eu vou perguntar de novo: você mexeu na minha carteira?" "OOww painho, mexi não, já disse..." (voz cortanto) "Pela última vez, depois eu não pergunto mais viu? Você mexeu na minha carteira?" Aos prantos e tirando dos bolsos duas mãos cheias de doces: "Ooow painho, eu peguei, mas desculpa, eu não pego mais não.É que eu tava querendo comprar uns confeitos. Eu juro que não mexo mais" Um chocolate de laranja desse que eu compre na época, hoje, custa R$0,10, um chiclete, no máximo R$0,15. Imagina quanta porcaria eu comprei com o equivalente a R$5,00. Aí outro dia essa colega pra quem contei essa história me manda uma matéria da internet dizendo que um menino na china "roubou mils dolares" (não lembro o valor, mas eram num sei quantos mil) de um vizinho. Quando questionado ele respondeu "eu só peguei o dinheiro pra brincar!!!" Tá vendo?! Criança é criança em qualquer parte do mundo!!!

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Se

Se eu tivesse passado no vestibular da UFPE... Se tivesse escolhido psicologia... Se eu tivesse praticado esportes... Se os planos com o primeiro namorado tivessem dado certo... Se eu não tivesse pedido pra sair da loja... Se tivesse aceitado aquela proposta de mudar de emprego... Se eu não tivesse aceitado aquele convite pra jantar... Se eu tivesse escolhido arriscar... Se eu tivesse escolhido qualquer um desses "se" aí será que eu estaria aqui, hoje, escrevendo e pensando em tudo isso?!

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Pequenas

Ela sempre foi "a irmã mais velha" mesmo sendo a caçula. Mas como , de fato, é a mais nova, "sofreu" muito na minha mão quando pequena. Tantas histórias ótimas! O tempo passa, a gente cresce...cresce? Bom, no nosso caso, a gente vai ficando mais velha e começa a aprender outras coisas e dar mais valor a muitas delas. Uma das grandes alegrias que tive aqui em João Pessoa foi quando ela veio morar comigo. Claro que tivemos contratempo, mas foi uma época da qual sinto falta. A gente não precisa de muito. Tudo vira motivo para muitas risadas. É muito bom tê-la em minha vida. Deve ser chato ser filho único né?! Histórias de vida a menos pra contar, eu acho... É a pequena. Pequena que é muito maior do que se possa pensar. Tão grande que não cabia em si e deu mais um pedacinho dela pra nossa vida! Apesar de a diferença de idade ser só de quatro anos o cuidado e preocupação que tenho com ela parece de mãe. Nossa! Se for assim, com Amélie vai ser de avó?!?! (risos) É a minha pequena que completou ano segunda-feira. Esse foi o primeiro aniversário com titia linda! Que venham muitos!! Beijo Gi Amo muito tu

sábado, 11 de julho de 2009

Feliz Desaniversário Titiaaaa!

Há três meses o telefone tocou às seis da manhã. Eu tava num sono gostoooso, mas acordei de pronto. Também era um sábado. Era a notícia tão esperada. Fui rapidinho pra maternidade e ainda bem que ela foi legal e não fez a gente esperar muito. Nem tive medo de pegar no colo. Tava louca pra fazer isso. E o fiz direitinho, viu?! Vai ver é instinto. Três meses passaram muito rápido, mas é muito bom poder acompanhar cada novidade. Ela tá rindo! Já tá mais durinha! Só quer ficar em pé! Não tira a mão da boca! Tá descobrindo os pés! Só vive deitada com as pernas pra cima! Começa a "conversar"! (qualquer som é o maior diálogo!) Ser tia é um ótimo estágio!! E hoje é dia do desaniversário dela!!! Parabéééns titia liiiiinda!!! E aqui vai a explicação!!!

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Orgulho

Ele nasceu e morreu pobre. Mas tinha uma das maiores riquezas que se pode ter: dom. Sabia observar o cada detalhe que o rodeava. Imortalizava cenas cotidianas em barro. Mostrou a vida do nordestino ao mundo com bonecos de olhos esbugalhados como quem quer ser ouvido. Nunca foi pra uma faculdade e mesmo assim era Mestre. Barro para os trabalhos, de barro era a moradia. Hábil, com das mãos fez instrumento. Trabalhou a arte. Respirou arte. Dedos que moldavam a argila também tapavam e destapavam buraquinhos mudando as notas no pífano. Doces notas de uma história simples, com muita fama, mas sem glamour. A varíola pode ter levado a vida, mas a vida que ele teve deixou discípulos que não deixam o trabalho dele morrer. A pobreza fez com que os filhos precisassem vender os trablahos dele. Quem os tem, os guarda como tesouro. Vitalino, mestre que foi, transformou o Auto do Moura no Maior Centro de Artes Figurativas das Américas e deixa eu orgulho maior que o mundo. Dia 10 de julho de 2009 - Centenário de Mestre Vitalino.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Sonho?

Caindo os dentes, é morte. Voando é que você está crescendo. Água limpa é lágrima. Cobra é traição. Não acredito muito em fórmulas prontas, mas eu queria entender os sonhos. Muitos parecem completamente sem sentido e outros parecem que aconteceram mesmo. Já ouvi falar que, às vezes, alguma coisa que você viu ou falou durante o dia, ou até mesmo dias antes, fica armazenadas em um cantinho de seu cérebro e, durante o sono, ela "reaparece". Faz sentido. Sonhei que estava em uma sala de aula antiga (tirei uma foto em uma muito parecida lá em Caruaru no São João). Alguns dos meus companheiros de classe eram Renato Machado, Sandra Annemberg e Joelma do Calypso. (Também faz sentido: ví uma chamada da Globo falando sobre a programação e antes de dormir, um comercial de chinelos com Joelma). Um detalhe que me chamou atenção foi: eu pegava um jornal e comentava com Joelma "O Apartheid foi uma grande estupidez". Ela dizia "É...não gosto nem de comentar" (Deixa eu externar meu preconceito... será que ela sabe o que foi isso?) Bom... parece ter algum sentido... mas tem outra parte bem intrigante... Sonhei também com meu pai. Ele morreu em 2003. No sonho, estavamos eu, minha irmã, meu irmão e minha avô - não sei se materna ou paterna - em uma sala ampla, parcia ser um lugar alto, com janelas e uma porta. Ele estava bem vestido com roupas claras e uma mala na mão. Estava se despedindo da gente. Não disse uma palavra, mas era uma despedida. Todos os outros estavam serenos e pareciam aceitar numa boa. Eu chorava, muito, e mesmo sem dizer nada, não queria que ele fosse embora. Acordei chorando. Sabe quando você acorda e fica se perguntando se foi de verdade ou se foi sonho? Conversei um pouco com um amigo que é espírita, ele me explicou umas coisas, mas ainda tem muitas outras que acredito que ainda não estou preparada para entender. Se é que algum dia vamos conseguir isso...

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Nada fica pra trás

Independente da velocidade, o importante é ir. Só você sabe o tamanho de seus passos, até onde você consegue chegar. Já tive mais... Hoje não tenho tanta pressa. Uma coisa eu aprendi: o tempo é precioso demais. Cada minuto tem que ser lentamente saboreado pra ficar aquele gostinho de eternidade na boca. De cada oportunidade, tirar o máximo E o mais importante: sempre olhar pra frente. O que ficou pra trás... ah... às vezes nem ficou... Vem junto... Num cantinho guardado... Ajudando sempre a seguir, mais feliz, mais suavemente.