sexta-feira, 18 de maio de 2007

A princesa


"Caruaru, do meu Bom Jesus do Monte

Pra quem vive tão distante

Por força do destino

Ai, Caruaru, dos meus tempos de menino"





Essas palavras cantadas pelo singular Azulão tem uma força enorme para quem, por força do destino, está longe. Estar longe já é motivo para relembrar de muitas coisas principalmente do nosso tempo de menino. O meu, em Caruaru, foi muito bom. Poder correr pelas ruas do bairro toda tarde sem preocupação, jogar bola na rua da minha avó e ouvir a vizinha reclamando sempre que a bola batia na porta dela, na época de carnaval ir atrás das Ala Ursas e ficar vendo o ensaio dos maracatus que desfilavam pelo bairro (escuto o som daqueles tambores até hoje e me influênciaram muito). Sem fala no mela-mela no meio da rua (que eu sempre levava desvantagem). Ir ao cemitério Dom Bosco com minha avó no domingo e enquanto ela rezava para minha bisa, eu ficar brincando de "bicho de se esconder" com meus primos (porque lá se fala assim). Pegar tanajura, só pela farra mesmo, já que eu detesto até o cheiro delas! Ir ver os fogos no São João lá no campo do Central (que no final das contas não dava para ver nada de tanta fumaça). Ficar tomando banho de chuva. Ir para a barraca que do meu avô na feira (é a cantada po Luiz Gonzaga sim!!) e ficar comendo punhados de farinha bem quentinha.



Foi em Caruaru que eu cresci, que aprendi muito do que hoje carrego comigo. Foram 18 anos vividos lá. Inesquecíveis 18 anos que estão muito bem guardados dentro de mim. Faz pouco mais de 5 anos que Caruaru virou minha terra de alguns fins de semana, mas que nunca vai sair de mim.



Hoje a cidade completa 150 anos e enche ainda mais meu coração de saudades!!

Nenhum comentário: