Dias de alegria. Dias de muito trabalho. Dias de muita preguiça. Dias de liberdade. Dias de lágrimas. Dias de inquietação. Dias de esperança. Dias de vontades. Dias... Eu? De todos eles!!
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
Depois do Ensaio
Aproveitei meu fim de semana de folga pra fazer algumas coisas: não fazer nada, comer besteira e ver filme. Entre os que ví está Ensaio Sobre a Cegueira.
Dentre os muitos filmes bons que estão em cartaz, este eu esperava com mais ansiedade e fui logo ver. Não lí o livro (na verdade de Saramago eu só lí As Intermitências da Morte) nem ví todos os filmes de Meirelles (claro, ví Cidade de Deus), mas eu estava querendo muito ver o filme.
A minha primeira pergunta quando ele acabou foi: Por que a crítica não gostou!??! Não sou profunda conhecedora da sétima arte, filme pra mim é mais lazer mesmo, não sou de sair fazendo críticas ou criando polêmica etc. Digo o que gostei e o que não, mas sem aquelas mil análises profundas que geralmente quem conhece muito faz. Mas o filme me prendeu desde o começo. Quase todas as cenas tinham algo que me fazia pensar, fazer as minhas próprias leituras. Eu poderia sitar várias delas aqui, mas vou falar só de algumas que chamaram minha atenção.
O filme começa mostrando um sinal de trânsito. Luz vermelho, luz verde, luz vermelha. Cores. Cores que em instantes deixariam de ser vistas. O fato de a cegueira ser branca, ou seja, não é uma cegueira pura e simplesmente. Pode-ser fazer outra leitura disso. Os tons "leitosos" que predominam. Gael, "o Rei da ala 3" cantando "i just call to say i love you". Os santos na igreja com os olhos vendados. São muitas, muitos momentos de bruta sutileza e de leves brutalidades. Tudo junto, alí, aos nossos olhos e, em alguns momentos, apenas aos nossos ouvidos.
Ao sair do cinema, nas tradicionais discursões sobre o filme, eu falei pra meninas que o único que eu tinha lido dele ( As intermitências) tinham algumas características familiares com "Ensaio". Nas "intermitência", a morte tira férias. Deixa de matar por um tempo em uma certa cidade (que poderia ser qualquer uma). Ele mostra o que aconteceria se a morte deixasse de matar. Você já parou pra pensar nisso? Se ainda não leu o livro, eu não vou dizer o que acontece, vá ler... Nas "intermitências" também tem o "ator principal". Um cara que a morte não consegue "matar". O mesmo acontece no "ensaio". Ele nos mostra como as pessoas agem em situações extremas e tem um "ator principal" que é mais forte.
E pra mim, o ponto principal do filme foi isso: como o ser humano reage em situações extremas. Independente dos fatores causadores dessas situações. Como você, eu, nós lidamos com elas é que é ponto.
Gostei muito do filme.
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2 comentários:
wow, very special, i like it.
Meninaaaaaaaaaa, não sabia que vc tinha um blog. Fiquei sabendo pelo Blog do Daniel Brito, que sou leitora assídua. Sou fã de blogs, tenho zilhões entre os meus favoritos. E eu gostei do seu. Como não poderia deixar de ser, vou comentar seu post.
Em primeiro lugar, não li, Intermitências da Morte, mas fiquei morrendo de vontade de ler( Na verdade, tô morrendo de curiosidade de como é que se procede a narrativa, já que a morte não quer mais matar ninguém). É surreal isso!! É como se Deus deixasse de trabalhar... ABSURDO!! Sim, voltando ao livro, imaginei na hora o caos que deveria ser, a loucura que começou nessa cidade. Morte é Fuga, é fim... Bráulio Tavares, uma vez falou: que as pessoas tem medo da morte, pq ela tem a ver com o TERMINAR, COM O DESISTIR, ACABAR e as pessoas não querem deixar de sentir prazer pelas coisas "boas da vida". Vou ter que ler esse livro.
Em segundo lugar, refleti sobre a sua indagação: Como as pessoas reagem a situações extremas? Sinceramente, não sei, mas é como se fosse comum e inerente ao ser Humano ter que buscar forças pra reagir, mas até isso acontecer, passamos por uma fase de busca, de conhecimento, de "caída da ficha", essa fase é a pior de todas, que vc se vê obrigado a tomar uma decisão: "ou FOGE ou ENFRENTA". Qual das duas opções? Sabe-se lá, qual o individuo vai escolher...mas, vai chegar um ponto em que vai ter que decidir.
Outra coisa, aproveitando a viagem de idéias, Imagina se a gente juntasse as duas narrativas em uma só: Como proceder em situações extremas... e se a fuga mais absoluta delas não existisse: A MORTE. O que fazer? Fica a reflexão... vale lembrar, que a morte se for bem analisada é DOM DE DEUS. Ele nos dá a oportunidade de nos livrar das pertubações da vida.
Ihhhhh!! Falei demais. Beijos Gilmara. Vou voltar ao Blog.
Tu lembra de mim né? Xêro
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