quinta-feira, 27 de maio de 2010

É assim e pronto.

Meu cunhado uma vez me falou que passou a gostar mais da Paraíba depois que conheceu minha irmã e eu. Depois que viu o amor que temos por nossa terra. Ele quis saber por que tanto sentimento assim. Eu não soube dizer. Não lembro de ninguém me me ensinando a amar Pernambuco e o que é dele. Parece que isso está no velho clichê: no sangue. Queria ter visto todo o show de Antônio Nóbrega no Fenart, não deu. (Trabalhar à noite tem dessas coisas...) Quando cheguei ao Espaço Cultural ele cantou um pout-pourri de ciranda, Vassourinhas e foi embora. Pronto. Pode parecer bobagem pra alguns mas foi o suficiente para meu coração pernambucano dormir feliz. Ah... E sabe a parte que falei que não me lembro de ninguém me ensinando a gostar de Pernambuco? Bom, se depender de mim vou ensinar essa paraibaninha aí da foto!!! Já começei!!

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Talvez...

"Talvez não ser, é ser sem que tu sejas, sem que vás cortando o meio dia com uma flor azul, sem que caminhes mais tarde pela névoa e pelos tijolos, sem essa luz que levas na mão que, talvez, outros não verão dourada, que talvez ninguém soube que crescia como a origem vermelha da rosa, sem que sejas, enfim, sem que viesses brusca, incitante conhecer a minha vida, rajada de roseira,trigo do vento, E desde então, sou porque tu és.." (Neruda)

quarta-feira, 19 de maio de 2010

No meio do caminho

Ela estava no meio do caminho. (Alguém já tinha avisado que havia uma...) "Uma pedra com cara de triste" O rapaz falou alegre Fiquei pensando por quantas "pedras" tristes passamos todos os dias e não nos damos conta. A gente, muitas vezes, não se importa ou nem vê. Será que as outras pessoas percebem? Talvez não. Mas o rapaz percebeu. E ele ainda vai encontrar muitas pedras no caminho mas vai saber ver de uma outra forma. Quem sabe, leve? PS.: Aí está, Jocélio!

sábado, 15 de maio de 2010

De volta pra o futuro

E lá estavamos nós... Em um tempo que não era o nosso e nos perguntando como seria viver nele Os acordes nos levaram longe, muito tempo atrás. E entre a alegria daquela música que trás uma lembrança boa O tempo ia passando e, numa ordem cronológica, derramamos nossas vidas Alí, entre um tamburilar de dedos na mesa pessoas da mesa vizinha cantando alto e sons O amanhecer ainda nos traria novas batalhas Mas quem se importa? Já foram tantas à nossa porta e demos conta... Quando o tempo passar, mais lá na frente, a gente conta como foi.

terça-feira, 11 de maio de 2010

É ela...

Embriagada de Coca-Cola e música mergulhei nas minhas lembranças. E como foi bom. Um looping de imagens que não se repetiam. Sensações e alegria. Meu coração imitava meus lábios e também ria. Na minha frente duas meninas, luz apagada e música. Ambas berrando a versão que acabaram de fazer sob a luz azulada de uma luminária pequena. Alí não se davam conta, só cantavam, aproveitavam, eram felizes. Mais feliz ainda eu sou agora por perceber a importância disso tudo. Por perceber que eu não seria o que sou se não fosse ela. O que é que eu ia contar para os meus filhos? Tantas histórias, tantos momentos. Os ruins apertam meu peito e meus olhos não escondem, derramam Mas será que se eles não tivessem existido hoje seriamos assim? Gente, o que seria de mim sem ela? Vai ser sempre a minha pequena, a branquela E para sempre aquela que eu quero sempre ter por perto De braços abertos e sorriso escancarado, é ela Aquela que sabe meu estado de espírito pelo meu "alô" Que sorrí quando me vê e aperta forte minha mão quando não pode me abraçar. É com ela que eu dou as melhores gargalhadas das maiores bobagens, É ela quem eu quero ter sempre perto, dividir tudo que acontecer em minha vida. Fomos criadas da mesma forma mas somos completamente diferentes E acho que é isso que nos une: a gente se completa. Mais que irmãs...eu acredito em alma gêmea... Amo tu, Gi.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Palavras emprestadas

"Talvez um voltasse, talvez o outro fosse. Talvez um viajasse, talvez outro fugisse. Talvez trocassem cartas, telefonemas noturnos, dominicais, cristais e contas por sedex (...) talvez ficassem curados, ao mesmo tempo ou não. Talvez algum partisse, outro ficasse. Talvez um perdesse peso, o outro ficasse cego. Talvez não se vissem nunca mais, com olhos daqui pelo menos, talvez enlouquecessem de amor e mudassem um para a cidade do outro, ou viajassem junto para Paris (...) talvez um se matasse, o outro negativasse. Seqüestrados por um OVNI, mortos por bala perdida, quem sabe. Talvez tudo, talvez nada." Caio Fernando Abreu

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Passagem



Motorista, esse ônibus passa na cidade de Alhandra?

Eita...

Hoje eu não pago mais passagem na cidade de Alhandra

Tô chegando agora no Bairro das Indústrias

Ando de pé, de cavalo, de Chevet, chego em qualquer lugar

E hoje eu não pago mais passagem

Nem Oitizeiro, nem Mamanguape eu não pago mais passagem

Bayeux, Santa Rita, Colinas do Sul

Tô indo pra cidade de Alhandra

Em Pasto Novo na cidade de Marí

E hoje eu não pago mais passagem

Vou dar um beijo na minha esposa

A passagem é R$ 1.80 e eu não pago.

 
PS.:  Essas palavras são de um cara que entrou no mesmo ônibus que eu. Não deu pra passar despercebido.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Viagem

Acabo de fazer um a viagem... Viva e em cores, embalada nos sons das lembranças. É... nem peguei a estrada Mas a luz que se faz forma e dá o tom também deu o rumo. Caminho que eu sei de cor e me leva pra de onde não quero sair. Lembra daquele ninho? Aquela conversa, aquele escurinho Onde a única luz era a do brilho dos meus olhos enquanto você falava Uma luz que molhava e que você nem percebia. Sim, era alegria. Essa que sinto todo dia quando a alma viaja. Fui logo alí, tão perto... ... Acho que vou voltar pra lá...