quinta-feira, 5 de julho de 2007

A nostalgia na modernidade

Foto: Serginho Costa

Você já parou para pensar quando foi que recebeu a sua última carta? E quando enviou a última? Sim. Carta!! Pegar um envelope, selar e colocar no Correio? Pegar uma caneta e deixar que ela corra no papel dando formas a muitas letrinhas que expressam algum tipo de sentimento? É, eu também me fiz essa pergunta e não consegui achar a resposta...


Com essa modernidade que há muito já bateu à nossa porta e que a cada momento nos atropela numa velocidade assombrosa, acabamos deixando algumas coisas de lado. Todo o calor que antes era transmitido em uma carta, agora é substituído por fontes dos mais variados tipos e tamanhos e que são enviados como num passe de mágica. Uma mensagem que levaria alguns dias para chegar ao destinatário através do Correio, por exemplo, agora chega em questão de segundos.



E a questão de velocidade e tempo também nos remete a uma outra observação. Você já parou para observar que a falta de tempo nos deixa, digamos, mais acomodados? (Alguns que se sentem ofendidos pela palavra “acomodado” preferem usar uma outra: “prático”. Será??) Tudo bem que tenhamos que acompanhar o ritmo dos tempos. É até importante que façamos isso. Mas a tal falta de tempo também muda nossas formas de comunicação. Não temos mais “o tempo” de parar diante do computador e falar como estão as coisas conosco ou para saber como estão as coisas com a outra pessoa. Nossas caixas e-mails ficam lotadas de mensagens em massa ou correntes que são enviadas pelos amigos. Algumas simplesmente selecionamos os contatos que estão armazenados e apertamos em “encaminhar”.


Além disso, um outro vício se instala: o internetês. Abreviações usadas na hora de digitar um texto. Quem é freqüentador das salas de bate-papo sabe bem o que é isso. Na língua portuguesa, a palavra surgiu como “vossa mercê”, depois passou para “vos micê”, depois para “você” e que hoje já virou “ce”. Para quem não tem muita intimidade com a linguagem fica difícil entender o que está sendo dito.


Depois dessas observações você pode estar pensando que sou contra tudo isso. Não. Não é isso... Também faço parte desse mundo cibernético! Mas, como muitas pessoas antigamente, não dispenso os bons e velhos papel e caneta! É apenas um momento nostálgico inserido entre bytes e gigabytes.

4 comentários:

Aprendendo a viver disse...

Gil...
Faz dias que prometo as minhas amigas lá de Caruaru que esperem que vou escrever uma carta.. Já comecei, varias vezes, mas sinceramente me faltou "tempo"... Mas, quando sentamos na frente do bom e velho computador, sempre encontramos um tempinho pra colocar pelo menos um recadinho no orkut... no minimo... Mas, sinceramente acho insubstituivel o velho e bom papel e caneta... Acho que temos que voltar a nos render a magia das belas e lindas cartas dos poetas... Da magia de receber das mãos de um carteiro e ficar pensando no que deve estar dentro... Como diria Fernando Pessoa... Agora se render ao internetês... acho muitíssimo perigoso... risoss...

Aprendendo a viver disse...

Gil... ela não é linda??? e o olho?? parece com o seu, percebeu??? risossss... metida demais essa pirralha... Bem, em relação ao nome, é verdade, mas sinto que se a minha Vitoria não vir... ela já existe na pele dessa dai... pois, meu amor será todo dela... de certa forma meu irmão me homenagiou, já que fui tão incompetente... risosss...

Anônimo disse...

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Anônimo disse...

mandei uma carta ano passado, mas to pretendendo mandar uma em breve, pra diego q ta em petrolina, e q nem liga pra essas saudosidades.