domingo, 15 de julho de 2007

Soma da vida




Um dia a mais.
Um ano a mais.
Um quilo a mais.
Um receio a mais.
Um desafio a mais.
Um peso a mais.
Um êxito a mais.
Um fazer a mais.
Um saber a mais.
Um descanso a mais.
Um grito a mais.
Um som a mais.
Um olhar a mais.
Um corpo a mais.
Um gozo a mais.
Um desprazer a mais.
Um pesar a mais.
Um dia a menos.




quinta-feira, 5 de julho de 2007

A nostalgia na modernidade

Foto: Serginho Costa

Você já parou para pensar quando foi que recebeu a sua última carta? E quando enviou a última? Sim. Carta!! Pegar um envelope, selar e colocar no Correio? Pegar uma caneta e deixar que ela corra no papel dando formas a muitas letrinhas que expressam algum tipo de sentimento? É, eu também me fiz essa pergunta e não consegui achar a resposta...


Com essa modernidade que há muito já bateu à nossa porta e que a cada momento nos atropela numa velocidade assombrosa, acabamos deixando algumas coisas de lado. Todo o calor que antes era transmitido em uma carta, agora é substituído por fontes dos mais variados tipos e tamanhos e que são enviados como num passe de mágica. Uma mensagem que levaria alguns dias para chegar ao destinatário através do Correio, por exemplo, agora chega em questão de segundos.



E a questão de velocidade e tempo também nos remete a uma outra observação. Você já parou para observar que a falta de tempo nos deixa, digamos, mais acomodados? (Alguns que se sentem ofendidos pela palavra “acomodado” preferem usar uma outra: “prático”. Será??) Tudo bem que tenhamos que acompanhar o ritmo dos tempos. É até importante que façamos isso. Mas a tal falta de tempo também muda nossas formas de comunicação. Não temos mais “o tempo” de parar diante do computador e falar como estão as coisas conosco ou para saber como estão as coisas com a outra pessoa. Nossas caixas e-mails ficam lotadas de mensagens em massa ou correntes que são enviadas pelos amigos. Algumas simplesmente selecionamos os contatos que estão armazenados e apertamos em “encaminhar”.


Além disso, um outro vício se instala: o internetês. Abreviações usadas na hora de digitar um texto. Quem é freqüentador das salas de bate-papo sabe bem o que é isso. Na língua portuguesa, a palavra surgiu como “vossa mercê”, depois passou para “vos micê”, depois para “você” e que hoje já virou “ce”. Para quem não tem muita intimidade com a linguagem fica difícil entender o que está sendo dito.


Depois dessas observações você pode estar pensando que sou contra tudo isso. Não. Não é isso... Também faço parte desse mundo cibernético! Mas, como muitas pessoas antigamente, não dispenso os bons e velhos papel e caneta! É apenas um momento nostálgico inserido entre bytes e gigabytes.

domingo, 1 de julho de 2007

Sempre vale!


Essa é uma postagem meio atrasada mas como o sentimento é bom é válida em qualquer data.
Depois que me mudei para João Pessoa, este foi o primeiro ano que passei feriado de São João em casa, em Caruaru. Foi tudo ótimo e fizemos uma viagem no tempo (e ao mesmo tempo me dei conta do presente. Isso explico já.)

Combinei com minha mãe de fazermos pelo meu avô o que ele fazia por nós quando os netos eram pequenos: acender a tradicional fogueira, assar milho nela ouvindo um forrózinho e com toda a família reunida.


A fogueira foi acesa, as comidas postas na mesa, mas nem todo mundo veio como antes. Cada um com suas programações, mas fiquei muito feliz porque as pessoas que estavam lá, estavam porque queriam e não por uma obrigação familiar e foi muito divertido. Eu, minha irmã e meu cunhado voltamos a ser crianças soltando fogos de artifícil. Até chuvinha nós soltamos!!!



Depois de relembrar o passado foi a hora de ver como as coisas agora estão diferentes. Antes, eu e a galega (minha amiga Beth) apenas nos arrumamos e iamos pra festa. Agora, temos que esperar Gabriel, filhinho dela e de Paulo dormir para poder sair. Ele é quem manda agora e nós, obedecemos sem nem questionar!! Chegamos no Pátio às 2H!! Hora que ele foi dormir! Como as coisas mudam!!!

Essa é a pessoinha que manda em nós!! Lindoooo!!!