sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Foi.




Antes que as fofocas começem a aparecer eu prefiro dizer tudo.

Sim, acabou. 

Foi um relacionamento de um ano que passou voando e como todo relacionamento, com altos e baixos. Alguns momentos eu preferia deletar de minha vida. Mas não posso, eles existiram. Por outro lado, tiveram outros momentos... nossa.. que momentos. Alguns compartilhados com pessoas que amo e outros, muitos outros igualmente deliciosos e exclusivamente nosso, meu e dele. Vários desses momentos foram registrados em fotografias, mas alguns vão ficar apenas na lembrança.

Mas a vida é assim, né? Com a mesma velocidade que chegou, foi embora. E agora um ciclo de fecha. O mais importante que eu queria dizer que eu já estou encantada por outro. Um outro que me oferece possibilidades, mas que também me encanta pelo mistério. Ele me promete mil coisas, mas vou com calma pra fazer com que tudo seja muito bom.

2010... foi ótimo enquanto durou.
2011... vem, cara!  Vem que tô louca pra viver intensamente contigo!!!

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Indignação

"Ah, 'alejada' do sangue 'misera'. Só pra atrapalhar o serviço."

Forte isso, não? Feia essa frase, né? Palavras desprezíveis, concorda? Foi exatamente o que ouvi hoje no ônibus vindo pra casa. As palavras saíram da boca do motorista que se achou no direito de culpar uma cadeirante porque o "elevador", aquele que faz com que o deficiente entre no ônibus, quebrou depois de ela ter usado. Não sei você, mas eu acredito no poder das palavras. A que coloquei entre aspas lá na primeira frase, por exemplo, não gosto nem de pronunciar, não gosto quando ouço. Acho uma palavra pesada negativa. Imagine ela ser proferida para uma pessoa que não tem nada com isso, culpa nenhuma, que não pediu pra nascer com uma paralisia... Uma moça que não tinha mais que dezoito anos, com toda certeza, e que só estava querendo ter o direito de ir e vir como bem entender  e como qualquer pessoa que ande sobre suas próprias pernas faz.  Ele falou isso depois que a menina saiu do ônibus, mas não torna a ação menos imbecil.

Se não existe acessibilidade, ela tem que ser criada. Se existe é pra ser usada. Quer dizer então que um ônibus adaptado não pode ser usado por um cadeirante porque "atrapalha o serviço"? Sim, eu sei que nem todos motoristas e cobradores agem desse jeito estupido, mas esse foi um caso que presenciei. Sei lá por quantas situações como esta os deficientes passam.... Fiquei quinze dias sem poder andar este ano. Lesionei o ligamento do tornozelo esquerdo. Pra me locomover, só com muletas e digo pra vocês: passei acho que dos quinze, doze dias sem sair de casa porque era muito ruim andar pelas ruas de muleta. As calçadas quebradas ou desniveladas, batentes altos, uma complicação. E olhe que no meu caso era passageiro, mas imagina quem está preso a uma cadeira de rodas pra  vida toda as dificuldades que enfrentam todos os dias?

Essa  é terceira vez que pego um desses ônibus adaptados. No de hoje, um outro cobrador que estava lá foi quem manuseou o equipamento e com eficiência, mas nos outros dois casos foi preciso esperar cerca de dez minutos para que o cobrador conseguisse controlar tudo e colocar o cadeirante no ônibus. Uma situação constrangedora porque era pra ele saber mexer, os outros passageiros começaram a ficar impacientes e o deficiente tendo que passar por todo o constrangimento de olhares e piadinhas. As empresas precisam treinar melhor seus funcionários para todo tipo de situação. Tratar bem as pessoas não é um favor não. É uma obrigação de todos nós. Você gosta de ser destratado? É o bom "não faça com os outros o que você não gostaria que fizessem com você".

Pra completar a frase "primorosa" do motorista o cobrador ainda solta: "se mais algum pedir parada é pra dizer que a máquina quebrou".
Tenha cuidado com o que fala, seu motorista. Você não  sabe o dia de amanhã.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Calendário

O meu mundo é um eterno carnaval. Vivo de fantasias.
E em meio ao movimento paro e penso, eu minto.
O pior? Pra mim mesma.
Seria melhor ir pro mundo, ver o mundo, até um sub, talvez.
E então volta a sensatez e se vai meu devaneio.
Então tranco a porta e, de frente pra o espelho,
visto a fantasia de novo.